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quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Assim sem você - Bebês UTI Neonatal





Fico Assim Sem Você

Adriana Calcanhotto

                                                                              Composição: Abdullah / Cacá Moraes


Avião sem asa, fogueira sem brasa
Sou eu assim sem você
Futebol sem bola,
Piu-Piu sem Frajola
Sou eu assim sem você

Por que é que tem que ser assim
Se o meu desejo não tem fim
Eu te quero a todo instante
Nem mil alto-falantes
vão poder falar por mim

Amor sem beijinho
Buchecha sem Claudinho
Sou eu assim sem você
Circo sem palhaço,
Namoro sem amasso
Sou eu assim sem você

Tô louca pra te ver chegar
Tô louca pra te ter nas mãos
Deitar no teu abraço
Retomar o pedaço
Que falta no meu coração

Eu não existo longe de você
E a solidão é o meu pior castigo
Eu conto as horas
Pra poder te ver
Mas o relógio tá de mal comigo

Por quê? Por quê?
Neném sem chupeta
Romeu sem Julieta
Sou eu assim sem você
Carro sem estrada
Queijo sem goiabada
Sou eu assim sem você

Por que é que tem que ser assim
Se o meu desejo não tem fim
Eu te quero a todo instante
Nem mil alto-falantes
vão poder falar por mim

Eu não existo longe de você
E a solidão é o meu pior castigo
Eu conto as horas pra poder te ver
Mas o relógio tá de mal comigo


"“Esperança é decidir pela vitória a cada
circunstância que a vida nos coloca...”
(Daisaku Ikeda).



Novas técnicas utilizadas na UTI Neonatal



Novas técnicas utilizadas na UTI Neonatal:
* Banho no balde;
* Dormir em redes;
* Método Canguru;
* Oferecer leito no copinho.


Projeto Via Láctea


UTI Neonatal e Prematuro na Rede



UTI Neonatal e Prematuro na Rede - Projeto Via Lactea Cuiabá/MT

Por dentro de uma UTI Neonatal



A médica neonatologista, Miriam Rika, mostra o tratamento de recém-nascidos na UTI Neonatal.


Fonte: http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM857339-7823-POR+DENTRO+DE+UMA+UTI+NEONATAL,00.html


Gravidez de risco e UTI Neonatal

Gravidez de risco e UTI Neonatal

A hora do nascimento de um filho é motivo de grande alegria para a maioria dos pais. Foram nove meses de espera para conhecer o rostinho do mais novo membro da família. Mas nem sempre é assim. O nascimento prematuro de uma criança é frustrante e angustiante para os pais que tem alta do hospital, mas deixam seus filhos internados em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTI Neo).

A cada 100 partos, 10 são prematuros, isto é, ocorrem antes da 37ª semana de gestação. As causas principais de parto prematuro são ruptura da bolsa (40% dos casos), contrações precoces (35%) - normalmente desencadeadas por infecções – e hipertensão (15%).
Mulheres que já tiveram parto prematuro, dois ou mais abortos durante o segundo trimestre da gravidez, apresentam algum problema uterino, como miomas. Mães que abusam do consumo de álcool ou drogas também estão no grupo de risco. Porém, aproximadamente 50% das mulheres que têm parto prematuro não apresentam fatores de risco identificáveis.

Frágil, o bebê já começa a vida com risco de morte. Logo de início, o bebê pode ir para a incubadora, “ganhar” um tubo na boca para respirar e uma sonda também na boca ou no umbigo para se alimentar, além dos sensores para monitorar seus sinais vitais. Antibióticos, medicamentos para amadurecer os pulmões e transfusões sanguíneas não são raros.

O papel dos pais é de estar do lado do seu filho e lutar com ele. Não é fácil ficar dias, às vezes mais de mês, dentro de um hospital vendo o sofrimento do filho. Por isso é tão importante escolher um hospital que tenha bons recursos tecnológicos e humanos. Nunca se sabe o que pode acontecer durante a gestação, mesmo fazendo um bom pré-natal.

E por quê os bebês vão para a UTI neo? - A UTI Neo é um setor que deve atender os recém-nascidos com assistência humanizada e de qualidade, com equipamentos específicos, recursos humanos especializados e serviço médico e de enfermagem 24 horas.

Podem ocorrer diversos problemas na saúde dos bebês prematuros. Quanto menor é a idade gestacional, maior a probabilidade de complicações. Entre as mais freqüentes estão dificuldades respiratórias, hemorragias intracerebrais (dentro do cérebro), infecções que podem ocasionar a morte ou conseqüências no desenvolvimento psico-motor, intelectual e emocional no futuro. Muitos necessitam de tratamento intensivo e internação por longo período.

A incubadora fornece um ambiente onde mantém a temperatura constante, deixando o ambiente neutro e mais tranqüilo possível. E a assistência está cada vez mais humanizada, tentando dar mais qualidade de vida ao bebê associado à sua sobrevivência. Muitos bebês, quando estão com suas funções estáveis, ficam em contato pele a pele com sua mãe que fazem o papel, ainda melhor, da incubadora.

As mamães devem prestar atenção quando o assunto é amamentação. O aleitamento materno de prematuros é mais difícil pela imaturidade e necessidade de hospitalização mais prolongada após o nascimento. Essa separação prejudica a formação do vínculo mãe-filho, fator essencial ao sucesso da amamentação. A mamãe deve se informar sobre as melhores condições de utilizar o leite materno na alimentação do seu filho ou de amamentá-lo. O leite materno é a melhor alimentação do seu bebê.

A alta do bebê da UTI Neo ocorre quando o bebê está estável em suas condições clínicas, com peso acima de 1,7 quilos e seu ganho de peso ser crescente e estar sugando bem. E lembre-se sempre: não há nada mais forte e bonito do que uma mãe ajudando o seu filho a lutar pela vida.

Dicas

Informe-se com o seu médico sobre as condições do hospital que escolher para receber um recém-nascido prematuro.

Não desista nunca da vida do seu bebê. Ele é mais forte do que imagina. Mães que consomem drogas ou ingerem bebidas alcoólicas não têm o mínimo de amor, e respeito, ao filho.

Seu leite é melhor e mais forte do que qualquer outra fórmula de leite. Tente ficar o menos estressada possível durante a internação do seu bebê. Quanto mais o bebê mamar, mas leite a mamãe produzirá.

Bruno Rodrigues



quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Atuação Fonoaudiológica na UTI Neonatal

A atuação do fonoaudiólgo no hospital é ainda muito desconhecida por parte da grande maioria dos profissionais de saúde que trabalham dentro de uma UTI Neonatal. O primeiro passo a ser dado é informar a equipe multidisciplinar quanto à importância do envolvimento e colaboração de todos para o sucesso da proposta do trabalho fonoaudiológico.


Os objetivos gerais podem ser resumidos basicamente em: promoção do bem-estar RN-equipe-família, o incentivo ao aleitamento materno, boa interação entre mãe e RN e a regulação do afluxo de estímulos ambientais (luz, ruído, etc).
Os objetivos específicos são: triagem auditiva dos neonatos e assistência à alimentação.


Triagem Auditiva
A triagem auditiva é dividida em 2 etapas, sendo a primeira composta pelo levantamento dos indicadores de risco para a deficiência auditiva e a segunda pela observação comportamental auditiva do neonato. Esta triagem se estende a todo o berçário de alto risco, sendo que a observação comportamental auditiva é realizada somente pelo fonoaudiólogo.



Os indicadores de risco associados com deficiência auditiva condutiva e/ou neuro-sensorial usados são os sugeridos pelo AMERICAN ACADEMY OF PEDIATRICS: JOINT COMMITTEE ON INFANT HEARING (1994):
*Antecedentes familiares de deficiência auditiva neuro-sensorial;
*Infecções congênitas;
*Malformações anatômicas envolvendo cabeça-pescoço;
*Peso ao nascimento inferior a 1500gr;
*Hiperbilirrubinemia (a nível de exsanguíneo transfusão);
*Meningite bacteriana;
*Anoxia severa ao nascimento (Apgar 0-4 no 1º minuto e 0-6 no 5º minuto);
*Ventilação mecânica prolongada (> de 5 dias);
*Medicação ototóxica; sinais ou achados de síndromes associadas à deficiência auditiva condutiva ou neuro-sensorial.



Após realizada a pesquisa de risco, passa-se a fase da triagem que consiste na apresentação de estímulos sonoros verbais e não-verbais e na consequente observação e registro dos comportamentos eliciados por estes estímulos, por dois fonoaudiólogos treinados.
Os estímulos sonoros não-verbais são sons realizados através de instrumentos e brinquedos com variação de decibéis.
O teste é realizado em local silencioso, com o recém-nascido preferenciamente em estado de sono leve ou alerta, na ocasião da alta hospitalar. Os bebês que falham neste teste são encaminhados para avaliação otológica e audiológica completa.



Assistência à Alimentação
A promoção do processo de alimentação seguro e eficiente é outro objetivo da equipe fonoaudiológica. Muitos recém-nascidos têm dificuldade para se alimentar eficientemente por via oral, principalmente os pré-termos.
Estes bebês precisam de assistência, no sentido de promover uma situação de alimentação adequada, quanto à nutrição, ganho de peso, vínculo mãe/recém-nascido, sem riscos de aspiração ou stress excessivo.
As caracterísitcas mais encontradas nos bebês são: incoordenação de sucção, deglutição, respiração; sucção ineficiente e movimentos incoordenados de língua e mandíbula; curva descendente de peso; fadiga excessiva durante as mamadas e história de regurgitações e/ou aspirações frequentes. Estas alteração ocorrem devido a imaturidade do sistema sensório-motor-oral ou de malformações anatômicas envolvendo as estruturas que participam durante a sucção e deglutição.



A equipe médica determinará, sob o ponto de vista clínico geral, o momento mais adequado para iniciar o acompanhamento fonaodiológico, além de fornecer diagnósticos radiológico e neurológico, que comumente se fazem necessários.Os recém-nascidos recebem assitência antes, durante e depois do processo de instalação da via oral exclusiva. Procura-se orientar a equipe quanto à postura durante a administração alimentar, seleção do tipo e forma de alimentação, transição da gavagem para a alimentação por via oral e quanto à estimulação do sistema sensório-motor-oral.
O comportamento motor de sucção nutritiva eficiente consiste de velocidade média de 1 sucção por segundo; excurção rítmica da mandíbula; língua canelada; movimento rítmico da língua; vedamento labial; movimentação espontânea; deglutição eficiente, entre outros.



Assim que a condição clínica do recém-nascido permite, é realizada uma avaliação e inicia-se o processo de facilitação da instalação destas características.
A estimulação consiste de manobras de facilitação para a obtenção dos padrões motores-orais adequados. Tal estimulação ocorre concomitantemente às mamadas.

Dividimos os estímulos em:
1 - Extra-oral: massagens com toques leves na região perioral e bochechas, eliciando o reflexo de busca.
2 - Intra-oral: Introdução do dedo mínimo protegido por luva plástica descartável a fim de aliciar o reflexo de sucção, favorecer o canelamento da língua e o vedament labial. Além disso, procura-se contribuir para o estabelecimento de maior ritmo e força de sucção.
Quando o neonato está sendo alimentado por gavagem ou estomia, procuramos realizar a estimulação intra-oral durante a administração alimentar para favorecer a associação entre sucção e saciedade. A sucção não-nutritiva favorece o amadurecimento dos padrões oro-motores que serão fundamentais para a alimentação via oral.
A contribuição direta do trabalho fonoaudiológico, quer sob forma de orientação à equipe, quer sob forma de estimulação sensório-motor-oral, surge sob a forma de ganho de peso, aceleração da maturação do automatismo de sucção; diminuição do tempo de trânsito gastro-intestinal, transição mais rápida para a alimentação por via oral e diminuição do tempo de permanência no hospital.



Aleitamento Materno

Em relação ao aleitamento, a intervenção consistirá no encorajamento e orientação à mãe sobre as vantagens nutricionais, imunológicas, enzimáticas e hormonais do leite materno e sobre possíveis maneiras para a manutenção da produção do leite até que seu bebê esteja apto a iniciar o aleitamento natural. Se faz muito importante neste ponto o trabalho junto ao banco de leite instalado dentro da UTI, onde profissionais habilitados irão orientar e auxiliar as mães quanto à ordenha e armazenamento do leite materno.
O aleitamento materno é importante para o bom desenvolvimento facial da criança. Ao sugar o seio materno, o bebê realiza movimentos com a língua, lábios e toda a musculatura da face. Esses movimentos favorecem o crescimento correto dos ossos da face, além do alinhamento da mandíbula, retraída no recém-nascido, em relação ao maxilar. O resultado é a prevenção de problemas ortodônticos e fonoaudiológicos. Durante a sucção, todas as estruturas orais (língua, lábios, bochehcas, mandíbula, músculos da face) se desenvolve e fortalecem. Estes orgãos são fundamentais para que a criança possa posteriormente falar e mastigar corretamente. Muitas patologias encontradas na fase pré-escolar, se devem ao fato do recém-nascido não ter recebido adequadamente o aleitamento materno.  


 
As patologias mais comuns são:


- Deglutição Atípica: ocasionando problemas como mordidas abertas, profundas, cruzadas, etc que irão interferir no crescimento facial da criança.
- Distúrbios Fonoarticulatórios: hipotonia de lábios, língua e bochechas, ocasionando alteração na pronúncia correta dos fonemas no período de aprendizagem da fala.
- Distúrbios respiratórios: podem ocasionar o aparecimento da respiração bucal, que por si interfere no desenvolvimento facial, capacidade respiratória, distúrbios do sono, déficit de aprendizagem, atraso no desenvolvimento motor e sensorial, entre outros.


Autora: Drª Juliana Piassi
http://www.profala.com/arttf86.htm



Aparelhos da UTI Neonatal



O vídeo mostra D.Maria mostrando e explicando alguns aparelhos que podemos encontrar em uma UTI Neonatal. 
Esse vídeo está disponível no site: www.youtube.com.br.



Humanização - Método Canguru



O Método Mãe Canguru teve início na Colômbia, em 1978, pelo pediatra Edgar Sanabria e é muito mais do que a posição vertical em que o bebê prematuro permanece “amarrado” ao corpo da mãe. É um tipo de humanização e assistência neonatal que implica no contato precoce pele a pele entre mãe e o bebê prematuro, pelo tempo que quiserem. Saibam que não só a mamãe participa; o papai também pode entrar nessa.

Esse tipo de humanização oferece ao bebê uma vivência da passagem da vida uterina para a extra-uterina, aumentando muito o vínculo entre pais e bebê. E esse vínculo deixa o bebê mais seguro, proporcionando mais confiança aos pais no manuseio do seu filho. O Método aproxima os pais do bebê. É uma relação importante para o desenvolvimento completo do bebê que veio antes ao mundo.

O “Mãe Canguru”, além de ser um gesto mais do que carinhoso, estabelece maior apego, segurança, incentivo ao aleitamento materno e melhor desenvolvimento da criança, evitando infecções hospitalares. Quanta coisa boa. O Método se desenvolve em três etapas.

A primeira ocorre quando o bebê ainda está internado na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTI Neo). Os pais devem ter livre o acesso à UTI Neo e serem possibilitados a manter o contato físico com o seu bebê, isto é, serem estimulados pela equipe hospitalar a tocarem seu bebê que está dentro da incubadora.

Se o bebê estiver em condições clínicas estáveis, principalmente em relação à respiração, os pais poderão fazer a posição Canguru, onde o bebê fica apenas de fralda “amarrado” no peito nu do papai ou da mamãe. A equipe do hospital e em conjunto com a opinião dos pais irão decidir quanto tempo será feita essa posição dentro da UTI Neo.

Quando o bebê está bem estável, pode ir para o Alojamento Conjunto para que mãe e bebê permaneçam 24 horas na posição Canguru. O Alojamento Conjunto é o quarto em que mãe e bebê permanecem juntos. O bebê não fica no berçário e é a mamãe quem fará os cuidados com o bebê, com supervisão da equipe hospitalar.

Na posição Canguru, o bebê tem menos refluxo e as vias aéreas são mantidas livres, o que evita o sufocamento da criança e há diminuição do risco de apnéia (parada da respiração durante o sono). O contato com o corpo da mãe promove a manutenção dos níveis adequados de temperatura corpórea do bebê. O desenvolvimento neurológico da criança é melhor, ainda mais pelo fortalecimento dos laços afetivos entre mãe e bebê.

Canguru em casa - Já a terceira etapa consiste na alta hospitalar, mas não do Método. Já orientada e segura para cuidar do bebê sozinha em casa, a mamãe recebe alta para fazer a posição Canguru em casa. A mãe tem que assegurar que fará a posição Canguru durante as 24 horas do dia. Não só ela, mas qualquer outra pessoa da sua confiança e que esteja habilitada para “amarrar” o bebê ao corpo, como o papai ou a vovó.Todas as tarefas de casa poderão ser realizadas com o bebê no peito. Se bem amarrado não tem perigo dele escorregar.

Mesmo depois da alta hospitalar, na primeira semana a mamãe tem que visitar o hospital de dois em dois dias. Na segunda semana, as sessões podem ficar de três em três dias, até chegar a uma vez por semana. Tudo isso para verificar as condições do bebê, pois se precisar, o bebê é prontamente internado.
O método é comprovadamente eficaz, entretanto, em nenhum momento essa metodologia apresentou-se como uma substituição à tecnologia. Os equipamentos hospitalares são necessários, sim, mas com indicações precisas. O Mãe Canguru vem para complementar toda a tecnologia disponível.

Até quando? - O bebê é mantido na posição Canguru até que mãe e bebê se sintam bem. O comum é até o bebê atingir 2 quilos ou até quando seria a data provável do parto, ele começa a ficar agitado, a subir pela mãe e a suar. É como se estivesse na hora de nascer mesmo, dentro de uma gestação completa. É a hora em que o bebê “avisa” que deixou de ser um canguruzinho.

Fonte: http://guiadobebe.uol.com.br/recemnasc/mae_canguru_o_carinho_perfeito_ao_nene.htm



Higienização - Lavagem de mãos

A lavagem de mãos é tradicionalmente o ato mais importante para a prevenção e o controle das infecções hospitalares. Historicamente foi comprovada sua importância por Semmelweiss e merecido atenção das publicações clássicas mais importantes sobre infecções hospitalares. Semmelweiss, um dos pioneiros em controle de infecção hospitalar, reduziu as taxas de infecções puerperais através da determinação de o ato de lavagem das mãos com solução germicida, após as necrópsias e antes do atendimento a partos, em 1848.


LAVAGEM DE MÃOS - PARA QUE SERVE:
  • Visa a remoção da flora transitória, camada de células descamativas, suor, oleosidade da pele e, quando associado a um anti-séptico, promove a diminuição da flora residente.


LAVAGEM DE MÃOS - QUANDO REALIZAR:
  • Sempre que entrar ou sair da Unidade;
  • Quando as mãos estiverem sujas;
  • Antes e após o contato com o paciente;
  • Após contato com secreções e fluidos corporais;
  • Sempre que manipular materiais e equipamentos que estavam em contato com o  paciente;
  • No preparo de materiais e equipamentos;
  • Na manipulação de medicamentos;
  • Antes de procedimentos invasivos.


COMO LAVAR:
  • Friccionar as mãos com água e sabão líquido ou solução anti-séptica degermante por aproximadamente 15 segundos pelas diferentes faces, espaços interdigitais, unhas;
  • Proceder também a lavagem do antebraço;
  • Enxaguar com água corrente;
  • Enxugar com papel toalha;
  • Em procedimentos cirúrgicos deve-se lavar as mãos com solução anti-séptica degermante durante 5 minutos enxugando-as com compressa estéril.
Observação: O uso de luvas não substitui a lavagem das mãos que deve realizada antes e após a retirada das mesmas.
A lavagem de mãos pode ser realizada com sabão comum ou feita a desinfecção com álcool glicerinado em procedimentos de baixo risco ou situações emergenciais, quando é necessário o uso de antisséptico e as mãos não apresentam sujidade.







Quando há indicação para UTI Neonatal?

A UTI é indicada para pacientes...
  • Baixo peso, <1500g, grandes ou pequenos para idade gestacional;
  • Pré-termo;
  • Filho de mãe diabética;
  • Malformação;
  • Suspeita de infecção congênita;
  • Icterícia não-fisiológica;
  • Pós-maturidade;
  • Asfixia perinatal;
  • Duração do parto ativo: PRIMÍPARA: +24h, MULTÍPARA: + de 12h, Segundo Estágio: + de 2h;
  • Anomalias congênitas importantes;
  • Anemia Aguda;
  • Síndrome Hemorrágicas;
  • Convulsões;
  • Pré e pós-operatório;
  • Prolapso de Cordão Umbilical;
  • Sofrimento fetal crônico, subagudo, ou agudo;
  • Placenta prévia ou descolamento de placenta;
  • Parto difícil ou tocotraumatismo;
  • Gravidez múltipla;
  • Parto cesárea (observação);
  • Parto pélvico (observação);
  • Oligo e polidrâmio;
  • Membrana Hialina ou outra dificuldade respiratória;
  • Sespis;
  • Doença hemolítica;
  • Cardiopatia congênita;
  • RN sintomático.



quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Equipe médica de uma UTI Neonatal

A equipe médica de uma unidade de UTI Neonatal é composto por:
  • Um médico chefe;
  • Um médico plantonista 24h
  • Dois médicos diaristas
  • Enfermeiros
 A equipe de enfermagem deverá permanecer sob atenção constante, isso depois de passar por um treinamento específico em neonatologia.
 
Outros profissionais da equipe de unidade Neonatal:
  • Assistente Social;
  • Fonoaudiológo;
  • Nutricionista;
  • Psicólogo;
  • Fisioterapeuta e outros.




Funcionamento de uma UTI Neonatal

A UTIN deve contar ainda, para o seu funcionamento, com:
  • Posto de Enfermagem
  • Sala de Serviço
  • Rouparia
  • Sala de Amamentação
  • Área de Apoio:
  • Depósito de Armazenamento de Material;
  • Depósito de Armazenamento de Medicamento;
  • Depósito para Equipamento;
  • Sala de Ordenha/amamentação;
  • Central de Enfermagem;
  • Chefia de Enfermagem;
  • Expurgo;
  • Consultório/escritório médico;
  • Repouso Médico.
  • Serviço de Apoio:


Laboratório próprio, equipado no mínimo com:
    
    Bilirrubinômetro
    
  • Microcentrífuga;
  • Bilirrubinômetro;
  • Refratômetro;
  • Aparelho de gasometria;
  • Kit para glicemia;
  • Kit para colheita de bacteriologia;
  • Aparelho para dosagem de eletrólitos;
  • Diagnóstico por imagem (raio-X, ultrassonografia e ecografia);
  • Hemoterapia.






Como é a instalação de uma UTI Neonatal?


Na instalação de uma unidade de atendimento ao RN e gestante tem-se seguindo o modelo de 'Sistema de Regionais Integrado e Hierarquizado'. Este modelo tem implícito a assistência integral à gestante e ao RN, sendo que a atenção é efetuada dentro do nível hierárquico em que o caso for indicado. No caso de maternidades, o sistema prevê três níveis com um adequado sistema de referência e contra-referência entre eles, a saber:
  • PRIMÁRIO: será feito o acompanhamento de gestante e RN de baixo risco, identificando e encaminhado os casos de maior risco para os próximos níveis de assistência mais complexa.
  • SECUNDÁRIO: acompanhará gestantes e RN de baixo e médio risco, selecionando e encaminhado casos de maior risco para os Centros mais habilitados para o seu atendimento
  • TERCIÁRIO: destinado ao atendimentos de gestante e RN de alto risco e de internação de RN com algumas patologias, transportados de outras unidades para a Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal (UTIN).
 
A UTIN deve ser localizada dentro de uma estrutura hospitalar que disponha de recursos para o diagnóstico e tratamento de qualquer tipo de patologia neonatal, incluindo os procedimentos especializados (cateterismo umbilical e cardíaco, cirurgia neonatal, assistência ventilatória, monitorização de dados vitais, etc.), próxima do centro cirúrgico e sala de parto.
A UTIN precisa ser bem planejada, para evitar falta ou leitos ociosos e para isto é preciso considerar alguns fatores importantes, como:
  • Localização geográfica;
  • População assistida;
  • Taxa de crescimento populacional;
  • Recursos disponíveis (físicos e humanos);
  • Índice de prematuridade;
  • Número de admissão potencial de uma UTIN;
  • Ocupação média de um leito.


A UTIN pode ser dividida nas seguintes áreas:
  • Sala de Admissão do RN (primeiros atendimentos): local aonde ocorre a recepção do RN de partos não contaminados e aonde permanecerão em observação nas primeiras quatro horas de vida. Cada sala deve ter, no máximo, seis leitos, com área mínima de 2,50m2 por berço.
  • Sala para RN em Observação (opcional): destinada aos RN com mais de 4 horas de nascimento que, embora não patológicos, estejam por algum motivo impedidos de fazerem uso do alojamento conjunto. Cada sala deverá contar com, no máximo, quatro leitos, com área mínima de 2m2 por berço e distância de 60cm, no mínimo, por leito.
  • Sala de Cuidados Intermediários: indicada para RN que precisarão de tratamento simples por problemas não infecciosos, ou para RN que sairam da fase aguda da doença mas necessitam de cuidados específicos de enfermagem. Cada sala deve ter, no máximo, seis leitos, com área de 2 a 2,5m2 por berço e espaço de 60 cm entre os berços.
  • Sala de Cuidados Especiais (incluindo Unidade de Tratamento Intensivo): destinado a RN de alto risco que necessitem de recursos físicos e humanos especializados para prestação de cuidados médicos hospitalares constantes. Cada sala deve ter, no mínimo, quatro leitos, respeitando área mínima de 2,5m2 à 5m2, com espaço mínimo de 80cm entre berços.
  • Isolamento: destinados aos RN com diagnóstico confirmado de de processo infeccioso, conforme as normas da Comissão de Controle de Infecções Hospitalares (CCIH).  Cada sala deve conter seis leitos, no máximo, área mínima de 2,5m2 por berço e distância mínima de 80cm. Deve ser considerada a proporção de berços para o total de RN, sendo adequado um berço de isolamento para cada 20 RN (5% do total de leitos).

Histórico da UTI Neonatal




 A história do surgimento da Neonatologia é relatada por AVERY (1984) em seu livro "Neonatologia, Fisiologia e Tratamento do Recém-Nascido". Segundo este autor, a Neonatologia, como especialidade, surgiu na França. Um obstetra, Dr. Pierre Budin, resolveu estender suas preocupações além da sala de parto e criou o Ambulatório de Puericultura no Hospital Charité de Paris, em 1882. Posteriormente, chefiou um Departamento Especial para Debilitados estabelecido na Maternidade por Madame Hery, antiga parteira chefe. Em 1914, foi criado por um pediatra, Dr. Julius Hess, o primeiro centro de recém-nascidos prematuros no Hospital Michel Reese, em Chicago. Depois disso, foram criados vários outros centros, que seguiram os princípios do obstetra, Dr. Budin e do pediatra, Dr. Hess, para a segregação dos recém-nascidos prematuros com a finalidade de lhes assegurar enfermeiras treinadas, dispositivos próprios, incluindo incubadoras e procedimentos rigorosos para a prevenção de infecções.
Um centro criado em 1947, na Universidade do Colorado, além dos cuidados prestados aos prematuros, possuía leitos para mães com gravidez de risco para parto prematuro e programas de treinamento para médicos e enfermeiros para serem ministrados em todo o Colorado.


Arvo Ylppo, pediatra finlandês, publicou monografia sobre patologia, fisiologia, clínica, crescimento e prognóstico de recém-nascidos, relatos que serviram como ponto inicial para pediatras clínicos, professores e investigadores. Em 1924, o pediatra Albert Peiper, interessou-se pela maturação neurológica de prematuros. Silverman foi pioneiro em estabelecer o uso de processos cuidadosamente controlados em berçário de prematuros. O interesse da Dra. Dunhan sobre problemas clínicos dos recém-nascidos levou-a a enfatizar a importância do controle contínuo dos dados federais sobre a mortalidade de recém-nascidos. Isto serviu de base para a política federal, aumento do interesse nos serviços de cuidados materno-infantis assim como nas pesquisas peri e neonatais (AVERY et al., 1984).
 
Ainda segundo AVERY (1984), o termo Neonatologia foi estabelecido por Alexander Schaffer cujo livro sobre o assunto, "Diaseases of the Newborn", foi publicado primeira vez em 1960. Este livro junto com o "Physiology of the Newborn Infant", de Clement Smint, constituem a base do novo campo (AVERY et al., 1984).

Como surgiu a UTI?





UTI é a Unidade de Terapia Intensiva existente nos hospitais e destinada ao acolhimento de pacientes em estado grave com chances de sobrevida, que requerem monitoramento constante (24 horas) e cuidados muito mais complexos que o deoutros pacientes. O objetivo básico das UTI`s é recuperar ou dar suporte às funções vitais dos pacientes enquanto eles se recuperam.

A história do surgimento das UTI`s remete ao início do século XX quando foram criadas as chamadas “salas de recuperação” para onde os pacientes eram levados após alguma neurocirurgia no Hospital Johns Hopkins (EUA). Já no Brasil elas só começaram a ser implantadas na década de 70, primeiramente no hospital Sírio Libanês em São Paulo com apenas dez leitos (1971).

Fonte: http://www.infoescola.com/medicina/unidade-de-terapia-intensiva-uti/